Do Treinamento à Educação Corporativa
– parte I
Silvia
Maria dos Santos Assis Silva[1]
Historicamente
as grandes organizações mundiais, sejam elas públicas ou privadas, têm utilizado processos gerenciais relativos a
capacitação e desenvolvimento de pessoas, visando a preparação e
profissionalização dos seus colaboradores, em face da educação formal que não
apresentava soluções para que estas alcançassem seus resultados.
Nesse
contexto, os treinamentos oferecidos tiveram um papel relevante nesse processo,
porém, numa perspectiva contemporânea se tornaram ineficientes por não
propiciarem a visão do todo.
Assim,
esta produção textual objetiva estabelecer a importância do treinamento para o
desenvolvimento das pessoas dentro das suas organizações e oferecidos pelas
áreas de RH – Recursos Humanos, sua evolução até a implantação da Educação Corporativa e, conseqüentemente, a implantação das Universidades Corporativas.
Para
que se entenda o surgimento das Universidades Corporativas, faz-se necessário
um resgate histórico sobre a evolução do processo de capacitação e
desenvolvimento de pessoas dentro das organizações.
Às
áreas de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) cabiam apenas a “entrega de
cursos pontuais ao público interno, cujo objetivo principal era desenvolver
habilidades específicas, enfatizando necessidades individuais e sempre dentro
do escopo tático-operacional” (Eboli, 2004), ou seja, a ênfase era para o
desempenho do empregado/colaborador nas atividades operacionais.
Por
muitos anos o uso dos treinamentos foi conseqüência da necessidade de
profissionalização interna e da pouca competitividade empresarial,
principalmente por ser a única metodologia que as corporações dispunham em face
da educação formal. Exerceram um papel relevante em termos de desenvolvimento e
foram essenciais dentro de cada realidade organizacional.
Novas demandas foram
surgindo sendo necessárias que as organizações revissem seus modelos e suas
práticas de capacitação. Mudanças foram acontecendo no âmbito da capacitação e
o “foco treinamento foi evoluindo para um modelo de desenvolvimento de
competências” (Carbone et al, 2005).
O
processo de capacitação e desenvolvimento transformou-se e evoluiu, adequando-se
aos novos contextos organizacionais, passando a assumir um papel educacional
mais abrangente que o mero alcance de resultados imediatos. Surge então a
proposta de Educação Corporativa quebrando paradigmas tradicionais e trazendo
para si a responsabilidade do aprendizado contínuo dos seus
empregados/colaboradores.
[1]
Silvia Assis (silviamaria.assis@gmail.com) - Especialista em Administração de
Recursos Humanos; Especialista em Gestão Pública com Ênfase em Planejamento de
Projetos, pós graduanda em Educação a Distância, atuando na área de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas há mais de 15
anos.
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