A atual sociedade da informação
tem demandado mudanças significativas em diversos segmentos, e na educação não
tem sido diferente. Entre elas a substituição da transmissão unidirecional de
informação pela troca interativa entre os sujeitos da aprendizagem, bem como a
ideologia de uma educação continuada e centrada no aluno e a rejeição daquele
tipo de ensino “bancário”, entre outras mudanças paradigmáticas.
A educação a distância, on-line, se apresenta como uma
interessante oportunidade para o deslocamento da pedagogia da transmissão para
a pedagogia do diálogo, e nessa perspectiva, tem se constituído num novo
paradigma educativo, demandando do educador uma postura menos autocrática e
monológica. O desenvolvimento de cursos a distância deve considerar uma
adequada estruturação de conteúdos, uso adequado de hipertextos, a promoção de
uma linguagem interativa e dialógica.
Entretanto, alguns desafios têm se apresentado neste novo
paradigma de ensinar e aprender de uma forma diferente da qual, tanto alunos
quanto professores, não foram acostumados. A própria ação de apresentar um
conteúdo utilizando uma linguagem dialógica, a praticagem desse diálogo de
forma escrita e à distância, o rompimento da prevalência da transmissão, assim
como a conversão do educador num formulador de problemas , num provocador de
interrogações, já se constitui em grandes desafios, pois a palavra falada é
motivada pela necessidade de conversação e está sempre associada a gestos e
expressões corporais que auxiliam a comunicação e facilitam o entendimento.
Ao
contrário da linguagem falada, na linguagem escrita a motivação precisa ser
criada precisa ganhar novos símbolos que possam representar a expressão, a
entonação entre os interlocutores objetivando dar sentido pleno ao que está
sendo comunicado.
Diante de tais considerações, o educador deve buscar na linguagem
dialógica e na interatividade um canal fértil de conexão com seus alunos, pois
segundo Silva (2003, p. 269), “o professor que busca interatividade com seus
alunos propõe o conhecimento, não o transmite. É formulador de problemas,
provocador de situações, arquiteto de percursos, mobilizador das inteligências
múltiplas e coletivas na experiência do conhecimento. Disponibiliza estados
potenciais do conhecimento de modo que o aluno experimente a criação do
conhecimento quando participe, interfira, modifique. Por sua vez, o aluno deixa
o lugar da recepção passiva de onde ouve, olha copia e presta contas para se
envolver com a proposição do professor”.
Até a próxima!
S@ssis
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