Diz a netiqueta que textos
extensos devem ser postados em forma de arquivo anexo no AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem. Resolvi
descumprir a regra.
Vamos lá!
Muito interessante esse tema:
ideologias e mídias e trazê-lo para discussão nesta disciplina. A mídia exerce
poder sobre a formação do sujeito? O que é ideologia? Qual a relação existente
entre ideologia e mídia? Estas e muitas outras perguntas me servem de base para
iniciar essa postagem após a leitura do texto da professora Jocenildes e Diana
Ribeiro, e também textos alternativos para poder me apropriar um pouco mais
sobre o tema.
A palavra ideologia possui
diferentes significados, e no senso comum significa ideal e contém um conjunto
de ideias, pensamentos e doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de
um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas.
O termo ideologia ganhou
amplitude nos estudos do filósofo Karl Marx, que o ligava aos sistemas
teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante,
que tinha como objetivo a manutenção dos mais ricos no controle da sociedade.
Segundo Marx, a ideologia possui uma conotação negativa quando utilizada como
instrumento de dominação.
E como instrumento de
dominação, a mídia possui o poder de (de)formar o sujeito e consequentemente a
sociedade?
É inegável o poder que a mídia
exerce sobre a formação (ou deformação?) das pessoas. Em especial a mídia
audiovisual (sem excluir os outros tipos de mídia), denominada também de
: comunicação de massa, conduzida por grupos sociais dominantes, “proprietários” dos meios de comunicação, representantes da alta burguesia e que
de forma consciente e sem precisar usar a força física (apenas
a linguagem), direciona, conduz, persuade, ilude e aliena
multidões em todo o planeta.
Eu falei acima apenas a
linguagem. É pouco? Eu mesma respondo que a linguagem é tudo e grande
instrumento de poder de persuasão, sejam elas através da oralidade, da escrita,
imagens, sons, gestos, etc. E quando associada às mídias, mais poder exerce,
pois une as várias formas de linguagem num só instrumento de comunicação. Aí se
consolida o que Claude Lefort (1924-2010) nos apresenta como ideologia contemporânea.
Dizia ele: “a ideologia
contemporânea é uma ideologia invisível porque não parece construída nem
proferida por um agente determinado, convertendo-se num discurso anônimo e
impessoal, que parece brotar espontaneamente da sociedade como se fosse o
discurso do social”.
E é essa ideologia “invisível”
que alimenta os poderosos donos dos meios de comunicação e do capital
mantendo cada vez mais a alienação do sujeito, que, como já dizia
Cazuza:...” prá nunca mais saber quem eu sou, pois aquele garoto que ia mudar o
mundo, agora assiste a tudo em cima do muro... ideologia, eu (Cazuza) quero uma
prá viver”.
Texto postado por mim no fórum da disciplina Ideologias e Mídias, do curso de Especialização em EAD
Referências:
Ribeiro, D. Santos,
J. Z. A formação do sujeito educando: o poder da relação entre a mídia e o
discurso. Disponível em ead.cairu.br. Acesso em 29/04/2015.