Pessoal,
Esse texto não é de minha autoria, mas fazendo uma limpeza em minha escrivaninha encontrei-o perdido no meio de diversos outros textos e achei por bem compartilhá-lo aqui com vocês, em pleno início do outono. O nome do autor se encontra no final do texto.
No inverno, as noites são longas e os dias, curtos. Essas noites longas e frias podem nos deixar mais propensos a ver o mundo e as pessoas com lentes embaçadas pela neblina de pensamentos negativos. As roupas mais pesadas que temos de usar podem também nos deixar mais pesarosos, menos soltos, mais voltados para dentro de casa e de nós mesmos. O sol mais fraco ilumina menos, e com menos luz, corremos o risco de, contaminados pelo inverno, perder até a clareza de nossos pensamentos, que podem se obscurecer, nos fazendo perder a lucidez _ palavra que vem de luz.
Devemos ter o cuidado de não deixar que o inverno entre em nossas mentes. Como dizia o poeta francês Victor Hugo (1802-1885), saibamos gargalhar para que o sol possa varrer o inverno de nossos rostos.
Para isso, é preciso ter olhos para enxergar a beleza e o significado desta estação fria. Compreender o mundo a partir da natureza que se encolhe, aguarda, hiberna, espera. E que faz tudo isso com a enorme sabedoria de se preparar para a estação seguinte; a primavera, quando tudo renasce, brota, se expande, floresce. É preciso entender que não haveria primavera se não houvesse o outono e o inverno.
Não devemos deixar entrar em nossas cabeças a frieza do inverno e sua falta de luz. Mas devemos sim aprender com ele a lição de que nós também devemos ter momentos de pausa, de reflexão, de planejamento e de preparo para que possamos usufruir com toda força da explosão da primavera que, sem nenhuma dúvida, virá. E temos de fazer isso com alegria,gargalhando, como dizia o escritor e poeta francês. Devemos aprender com a natureza, que nos mostra que a vida não é feita apenas de verões e de primaveras, há também outonos e invernos.
O que quero sugerir é que aproveitemos o inverno para refletir, planejar, pensar com seriedade e alegria sobre nossos objetivos, nossa missão, em estamos colocando nossa energia e nossos recursos e o que estamos fazendo de bom para que não apenas nós, mas toda humanidade, tenha uma primavera mais feliz.
Pense nisso. Sucesso!
Artigo de autoria do antropólogo e consultor Luiz Marins.